domingo, 21 de novembro de 2010

Difícil começo

                                  

Não é tão difícil tomar a decisão de fazer concurso público. Afinal, são ótimos salários, segurança, qualidade de vida. O melhor dos mundos acenando para a gente logo ali na frente. É. O esforço vale mesmo a pena. Mas, de que maneira começar?

Qualquer mudança na vida da gente depende, em primeiro lugar, de decisão. Em segundo lugar, de fazer valer essa decisão. De outra forma: depende de agirmos de forma coerente com aquilo que desejamos. Para fazermos diferente, é preciso que deixemos de fazer o que fazíamos. Em geral, é nas pequenas atitudes do dia a dia que está o perigo. Parecem tão sem consequências, que achamos que não haverá problema em repeti-las “só esta vez”. Mas, isso é o ponto de partida para a não-mudança, para ficarmos onde já estávamos e não caminharmos para onde queremos – ou pensamos que queremos – ir.

Se queremos emagrecer, por exemplo, é preciso estar atento todo o tempo ao que comemos, saber dizer não a um docinho, cuidar na hora de fazer o prato da refeição. Se decidimos sair do sedentarismo, é a mesma coisa: marcar a  hora da atividade física e não vacilar. Não podemos deixar as desculpas nos iludirem – “hoje estou mais cansada; ih, hoje estou sem tempo; poxa, que pena, logo hoje estou com dor de cabeça; caramba, hoje não dá mesmo porque está chovendo...”

Com o projeto concurso público acontece a mesma coisa: o mais difícil é conseguir dar o primeiro passo e iniciar os estudos. Nunca achamos que é um bom dia para começar. “Com certeza, na semana que vem eu começo, logo na 2ª. feira.” Na 2ª. acontece algo e deixamos para o dia seguinte, mas aí, “ah, melhor começar logo no início da próxima semana, sem falta”. Com isso, passam-se dias, semanas, meses, a vontade arrefece porque não nos levamos a sério e, consequentemente, não obtemos qualquer resultado. Quando olhamos para trás, faz anos que havíamos pensado em fazer concurso público. Estamos na mesma situação de antes.

O que fazer, então? Decidiu? Tome, imediatamente, uma atitude prática que confirme isso e já seja o primeiro passo. Pesquise na internet ou compre um jornal especializado e vá aos cursos que mais agradarem. Peça orientação e defina o caminho. Se possível, faça logo a matrícula. Assim, você assume um compromisso com data e hora para iniciar o projeto. Estudar sozinho é possível também, apesar de requerer mais determinação ainda. Nesse caso, talvez fosse interessante conquistar alguém para o seu projeto e combinarem de estudar juntos. De qualquer forma, é preciso conseguir o material adequado. Marque dia e hora e não adie por nada. Mesmo que as condições não sejam ideais – e no início nunca são – cumpra o combinado.

Alguns cuidados são bastante importantes para quem está começando. Como se fosse uma atividade física, marque hora de início e fim. Escolha as matérias que estudará a cada dia como se fosse uma série de academia. Não faça metas muito ousadas, porque vai parecer impossível. Também não planeje algo tão insignificante que não será levado a sério. As metas devem ser reais e possíveis, exigindo algum esforço para serem atingidas. Aos poucos, observe o seu rendimento e atualize as metas – para mais ou para menos. A isso chamamos correção de rota. Procure aumentar os desafios com o passar do tempo. Aja como um treinador de você mesmo.

“Dar só uma olhadinha no e-mail para ver se tem algo importante” pode ser uma das armadilhas que desviam você do objetivo. Daí, você começa a ler um monte de bobagens, abre o msn, um amigo entra e começa a conversar, você vai ao Orkut ver algo e... perdeu a chance de caminhar na direção do seu projeto. As horas se escoam, o tempo destinado ao estudo já acabou e há outros afazeres agora. Da mesma forma e dependendo do perfil da pessoa, uma olhadinha no jornal, ir “rapidinho” à rua resolver uma coisa, telefonar logo para aquela pessoa, assim já fica resolvida a “parada” e eu fico com a cabeça sossegada.

Cuidado, cuidado, cuidado. Esses são pequenos vícios que nos desviam do caminho e impedem o projeto. Seja implacável com essas coisinhas que aparecem como quem não quer nada, se você realmente quer chegar a algum lugar diferente. Depois – acredite - fica mais fácil. O estudo passa a fazer parte da nossa rotina, cria-se o hábito e é mais simples seguir. De todo modo, é preciso estar sempre atento e dizer não a qualquer desvio, mas já existirá um registro concreto da direção certa.

Assim, digo: comece. Comece hoje, agora, de qualquer jeito. Tome essa atitude para mudar a sua vida. O tempo passa depressa. Se você souber usá-lo bem, quando perceber, já será um servidor e terá conquistado uma vida melhor. E vai ficar feliz por ter sido capaz. Afinal, estamos falando da sua  vida!

www.jornaldosconcursosbrasil.com.br - Lia Salgado                        coluna de 06/05/10 




segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Fragmentos do livro

MARÇO A SETEMBRO DE 2000

Quando comecei a estudar, morava em Niterói, Pendotiba e tinha aula no Centro do Rio três vezes por semana.  Saía de casa às 7h da manhã e retornava mais ou menos à 1.30h da tarde. Almoçava já no ateliê, para ir-me inteirando de como estavam as coisas. Trabalhávamos até as seis ou sete da noite, quando assumia minhas funções de mãe e dona de casa. Depois que os pequenos (3 e 6 anos) dormiam, eu ia estudar um pouco.  Quando aguentava.
...
QUANTAS HORAS POR DIA?
Quando a gente começa a estudar para concurso, em geral, não tem a menor ideia de como fazer. A experiência anterior que temos é dos tempos de colégio ou de faculdade. De pouco serve, já que a proposta é bem diferente: a época de estudante exigia que conhecêssemos apenas uma parcela da matéria, a cada prova. A partir daí, os conteúdos seriam outros e não precisávamos estar preocupados em reter os anteriores. Ou, em alguns casos, o assunto seguinte se apoiava no anterior e, de qualquer forma, seria simples manter aquelas informações vivas na memória.
A dinâmica do concurso é outra e, dependendo da vaga almejada, pode ser necessário ter o domínio absoluto de algo em torno de vinte disciplinas! Todas ao mesmo tempo, para sermos testados num mesmo momento. Às vezes com intervalo de uma semana entre duas provas, o que dá praticamente no mesmo.
...
No livro, eu procurei abordar as questões que mais me afligiam enquanto estudava e, hoje, observo que as minhas dúvidas eram iguais às de todo concurseiro.
Talvez você queira saber:
Não passei: por quê? Por quê? POR QUÊ?!
UMA MATÉRIA POR VEZ OU TODAS JUNTAS?
DIA LIVRE + ATIVIDADE FÍSICA = CONTINUIDADE
QUAL CONCURSO ESCOLHER?
ENFIM, O EDITAL...
O DIA “D”: A PROVA...

Acho que com isso dá para ter uma noção razoável de como é o livro. Bastante gente que leu diz que gostou muito. Quem não gostou... teve a delicadeza de não me dizer. (rs)
Um beijo e bons estudos!
 

E por que concurso público?

Vivemos, hoje, um mercado de trabalho insano, onde um jovem recém formado é recusado por ser inexperiente, uma pessoa com mais de 40 anos é considerada obsoleta e quem conquista uma posição financeira confortável está quase sempre na iminência de perdê-la para um substituto mais barato.
Com o concurso público existe uma justa troca: você se qualifica por meio do estudo, comprova isso na realização da prova e obtém um emprego digno, com remuneração compatível.

(Fragmento do livro Como Vencer a Maratona dos Concursos Públicos)

Seja bem-vindo! Seja bem-vinda!

Olá! Estou muito feliz por, finalmente, ter este espaço para estar mais perto dos meus leitores e das pessoas que estão enfrentando a “maratona dos concursos públicos”. Que a gente possa construir uma troca saudável e produtiva para todos. Acima de tudo, que este seja um bom lugar para se estar.
Seja bem-vindo! Seja bem-vinda!
No momento, estou bastante atarefada com a finalização da 4ª.edição do meu livro. Mudamos toda a programação visual e conseguimos um resultado muito bacana. O livro está mais maduro. Ficou elegante, feminino, moderno, inteligente... Bem, eu achei. (risos)
A ideia é que esteja distribuído em todo o Brasil já no início de dezembro. Aguardem!
Eu decidi começar o blog apresentando alguns fragmentos do livro, para quem ainda não o conhece. Afinal, acho que esse foi o ponto de partida para estarmos aqui hoje, não foi?