A estrada dos concursos públicos tem algumas curvas fechadas e outras tantas pedras no caminho. Por isso mesmo, não precisamos complicar as coisas ainda mais.
A notícia da declaração da ministra do planejamento Miriam Belchior caiu como uma bomba no meio da semana. O meu telefone não parou de tocar por umas 4 horas seguidas. A caixa de emails ficou repleta de pedidos de socorro e orientação, ou somente desabafos.
Mas, como disse logo nas primeiras horas, as coisas não são tão ruins assim. É preciso lembrar que estamos falando somente de concursos federais – os municipais e estaduais nada têm a ver com isso, tanto que logo no dia seguinte saiu o edital para o ICMS RJ, aguardado desde o fim do ano passado.
Além disso, estamos falando somente dos concursos do poder executivo – o legislativo e o judiciário, além do ministério público, não sofrem interferência direta do Planejamento. Isso significa que tribunais podem realizar seus concursos normalmente.
E, ainda, mesmo falando de executivo federal, as empresas públicas e sociedades de economia mista têm orçamento próprio e não estão sujeitas ao corte. Tanto é que a INFRAERO também publicou edital para novo concurso logo em seguida. Assim, Banco do Brasil, Correios, Petrobras, BNDES, Caixa Econômica, só para citar algumas instituições, não sofrerão restrições a concursos.
É natural que a ministra queira examinar a situação, já que existe a necessidade de enxugar o orçamento. Faríamos isso na nossa própria casa. Mas, o que acontece em seguida é a percepção de que os concursos são necessários, os serviços públicos precisam de servidores e as coisas voltam à normalidade.
Por outro lado, ainda que algum edital sofra atraso, vamos combinar que isso é absolutamente comum no mundo dos concursos. O edital do meu concurso, que deveria ter sido divulgado em dezembro de 2001 –tinha até dia marcado- , terminou saindo em junho de 2002. E nem chegamos a saber o motivo. Nesse meio tempo, saiu concurso para o ICMS SP e, em seguida, para o ISS Niterói (RJ). Foi o que fiz, enquanto aguardava o ISS-Rio: dediquei-me a outros concursos da mesma área e foi o que me preparou para a aprovação quando saiu o edital do Rio.
Então, nada de desânimo, muito menos desespero. Vamos seguir estudando normalmente. Concursos acontecerão e, se você tiver interrompido a preparação por conta da má notícia, pode perder muitas posições na fila.
E é sempre bom lembrar que vence quem não se agarra às dificuldades, mas encontra formas de lidar com elas.
Estamos conversados?