quinta-feira, 31 de março de 2011

Correios

 Finalmente, publicado o novo edital dos Correios para carteiro, operador de triagem e transbordo, e atendente comercial, para quem tem o nível médio. Poucas matérias: português, matemática e informática.

 Além desse edital, foi publicado outro, para quem tem nível superior em diversas áreas de formação e também para cargos de nível médio com especialização.

São muitas vagas em todo o Brasil. 

Confira os detalhes e as orientações gerais na minha coluna desta semana no G1.

sábado, 19 de março de 2011

O livro já está à venda!

Gente, agora sim! O livro está disponível no site da Saraiva, que distribui para todo o Brasil. Finalmente, posso responder a todos os emails, comentários e solicitações de onde encontrar o livro. 

Aos novos leitores, vou ADORAR saber o que acharam.

Abaixo, uma pequena amostra, só para aguçar a curiosidade...

Comigo foi assim

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Comecei a perceber que meu sonho de liberdade e arte não sobreviveria muito tempo mais, se não encontrasse outra forma de comprar arroz e feijão. Separada, com quatro filhos, precisava de uma solução definitiva e, de preferência, rápida.

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sexta-feira, 18 de março de 2011

Em que mundo você quer viver?

                   


Ando um tanto cansada das notícias que vejo por aí. Mudam os personagens, mas o teor é sempre o mesmo. Fala-se de corrupção, falta de ética, “jeitinho” ou, na melhor das hipóteses, apatia - que, mais recentemente, tem sido denominada “leniência”. Vou ao Aurélio e descubro: “brandura, suavidade, doçura, mansidão”. Bons tempos em que isso seria um adjetivo positivo. Hoje, o que temos é a absoluta passividade em relação a tudo. “Não tem jeito mesmo...” ou “O que eu posso fazer?”, dizem todos para justificar seu nada fazer.

Tenho filhos, você sabe. Mais de uma vez ouvi algo do tipo: “Mãe, o mundo não é assim.” ou “Mãe, não existe mais ninguém como você.”. Educar dá trabalho e é tarefa imprescritível. Mas é preciso ser feita e eu não me furtei. Com o passar do tempo, graças a Deus, eles também se tornaram assim, uma espécie quase em extinção. E, aos poucos, descobriram o que eu já sabia: existe sim, gente de bem, correta, em quem se pode confiar. Não sei se são muitos ou poucos, mas há. E eu, cada vez mais, me concedo o direito de conviver, por escolha, somente com pessoas assim. Faço o meu mundo particular dentro do mundo. Vou selecionando, pelo caminho, tipos que reconheço de valor especial, e agrego ao meu patrimônio pessoal. Simples assim. É fato que somos obrigados, infelizmente, a tratar com gentes das mais esquisitas e deploráveis. Faço-o da maneira mais objetiva e encerro o assunto tão logo possível. Essas não pertencem ao meu mundo. Fazem escolhas diferentes das minhas – é direito de cada um – e optam por viver em outros mundos. Ainda assim, claro, ajo de acordo com meus princípios. Quem sabe, com alguma sorte, estão permeáveis a uma mudança?

Por outro lado, se desejamos viver em um mundo melhor, é preciso firmeza. Em geral, não é nas grandes atitudes que as pessoas vacilam, mas nas pequenas ações do dia a dia. Ética não é sinônimo de honestidade, que lhe restringiria por demais o significado. É o trato com o ser humano, com a consciência de ser o outro igual, por mais desigual que pareça. É ser firme e claro nas suas posições, sem que isso seja arma para diminuir o outro. É ser honesto consigo mesmo, coisa que se devia aprender na escola, e não se desaprender desde que nasce. Chorar quando está triste. Perceber quando a angústia bate, e buscar a causa, em vez de descontar em situações outras. Ficar feliz de verdade quando alguém vence. Ser solidário com a dor do outro, mesmo que nada possa ser feito, exceto estar perto, que às vezes é tudo de que o outro precisa. É reconhecer que muitas vezes não sabemos o que fazer e, então, nada fazer até que as coisas se clareiem.

O problema é que somos formatados para dar mais importância ao que causa sofrimento do que àquilo que oferece bem-estar verdadeiro. O noticiário é recheado de sangue e podridão porque nós “queremos” isso. O pior é que, num círculo vicioso, segue a propaganda subreptícia daqueles comportamentos. Alimentamo-nos disso no café da manhã, almoço e jantar. Nos momentos de lazer, comentamos assuntos do mesmo matiz. Na hora de agir, o comportamento distorcido já está assimilado e acontece “naturalmente”.

Por isso é preciso acordar e ter consciência de cada ato. Tenho tido uma experiência muito bacana do quanto podemos influenciar pessoas, não com nossas palavras, que vão no vento, mas com a atitude diária e permanente. Sei que isso não dá mídia, mas é verdade.

E fico muito feliz quando, no meu dia, encontro gente diferente. Que fala o que pensa, que luta pelo que acredita, que realiza o seu trabalho dentro dos melhores valores. Nessa hora eu vejo que tem é muita gente bacana por aí. Só que não aparece na televisão.

Escrevo aqui sobre este assunto, porque sei que me dirijo a futuros servidores públicos. Estou sempre comentando o que acho que possa ser útil à sua aprovação. Mas peço que você se lembre de ser útil ao seu país. Esteja certo de que será o primeiro beneficiado. E cada um de nós também. 

Obrigada.


quarta-feira, 16 de março de 2011

Notícias do G1

Caramba, estamos desatualizados!

Para quem não quer deixar a profissão, mas procura segurança e bom salário. Veja >> aqui coluna sobre concursos que exigem formação específica.

E >> aqui, de "bandeja", a minha sugestão de técnica de estudo. Aproveite, no todo em parte, para ajustar a sua preparação onde julgar que seja útil. Vale lembrar que não existe técnica certa. A melhor é aquela que funciona pra você. Afinal, o importante é obter qualidade e rendimento no estudo.

Divirta-se!

terça-feira, 15 de março de 2011

Tarefas e sonhos

Gente, como é difícil conciliar as tarefas a nosso cargo, os projetos que escolhemos implementar, e o tempo de viver. Com isso, parece que fica sempre a sensação de que deixamos algo por fazer, estamos em dívida... Às vezes eu queria morar no mato, num lugar sossegadinho, com um rio passando perto e muitas árvores. Viver no tempo da natureza, da vontade verdadeira, sem hora de relógio. 

Bem, desculpem o devaneio. É uma forma de pedir desculpas pela descontinuidade do blog. Quero manter uma regularidade, mas ainda não consegui. Mas vou! Afinal, assuntos não nos faltam, né?

Outro dia, estava lendo um livro do Augusto Cury - Nunca desista de seus sonhos - e um parágrafo me chamou a atenção. Transcrevo-o aqui, porque tem tudo a ver com a minha história na maratona dos concursos. Acho que serve também para vocês...

Os sonhos precisam de persistência e coragem para serem realizados. Nós os regamos com nossos erros, fragilidades e dificuldades. Quando lutamos por eles, nem sempre as pessoas que nos rodeiam nos apoiam e nos compreendem. Às vezes somos obrigados a tomar atitudes solitárias, tendo como companheiros apenas nossos próprios sonhos.

Isso lhes parece familiar? 

terça-feira, 8 de março de 2011

Às mulheres

Os concurseiros que me desculpem, mas esta coluna hoje é inteiramente dedicada às mulheres. Houve um tempo em que eu achava que não havia muita diferença entre homens e mulheres, que era tudo uma questão cultural. Com o passar dos anos – de alguma coisa há de servir a inexorável passagem do tempo – tive de me render ao fato de que somos feitos, realmente, de “massas” diferentes. Não melhor ou pior, apenas diferentes. Vemos o mundo a partir de perspectivas diferentes, sentimos diferente e nos comunicamos de maneira diferente.

Se temos naturezas distintas, somos diferentes também nas batalhas ou maratonas que empreendemos. Sem desmerecer a forma masculina de lutar, parece-me que o esforço feminino torna-se maior por termos mais dificuldade em focar em apenas uma coisa, esquecendo o entorno, principalmente quando este “entorno’ significa pessoas, entes queridos. É quase como ter de amputar uma parte da gente, ter de negligenciar (é assim que sentimos) os cuidados com nossos “próximos” tão próximos.

Além disso, choramos. Quando ficamos tristes, quando temos medo, quando sentimos dor. Quantos atendimentos fiz em que tive de me conter para não desabar junto com a mulher à minha frente, fosse ela uma mocinha ou alguém mais maduro? O bacana é que isso não impede que sejamos fortes, muito fortes. Tanto que, sejam quais forem as dificuldades, seguimos em frente, muitas vezes por causa da nossa prole, para dar-lhes uma vida melhor.

Então, a coluna hoje é dedicada às mulheres, guerreiras, corajosas, sensíveis, que estão na maratona dos concursos públicos. Dedico à Maria, que deixa a filha com a avó e sai para estudar. À Joana, que dorme às 9 da noite para acordar às 3 da madrugada e estudar, enquanto a família dorme. À Rita, que a despeito de toda a sua meiguice, prepara-se para ser Policial Federal. À Beth que, nascida e criada na favela, formou-se em Direito e está-se preparando para ser servidora pública. À Marina, que cria duas filhas sozinha, trabalhando como uma leoa. À Débora que, vítima de bala perdida e paraplégica, enfrenta todos os obstáculos para atingir seu objetivo. À Bruna que, no meio da maratona, apaixonou-se, e seu amor foi nomeado servidor em outro estado. À tantas e tantas mulheres, tão especiais em suas histórias singulares, que comovem quem as olha.

Talvez, aos menos avisados, passe despercebido o turbilhão que vai por dentro de cada uma. Passamos ao largo, com cara de “tudo bem”, e só quem tiver “olhos de ver” para desconfiar quantas emoções explodem ali dentro. E, ainda assim, sentamos e estudamos. E vencemos.

A vocês, quero dizer que as admiro muito. E mais, quero dizer que, por mais que seja doloroso deixar pessoas e tarefas um pouco de lado, a vida que as espera depois da vaga compensa o período de dificuldades. É a liberdade de poder construir o futuro sem tantas limitações, apoiar verdadeiramente filhos e pais, investir em você sob todos os aspectos, dos mais bobos e supérfluos (também gostamos de nos cuidar) aos mais profundos e importantes. É estar na relação afetiva com a independência que nos permite ficar ou sair exclusivamente por motivos afetivos, sem aprisionamentos outros.

Quero contar uma coisa: o que mais me doía, quando saía para estudar, era o meu caçula, com algo em torno de cinco anos, agarrado às minhas pernas pela manhã, chorando para que eu não fosse “para a minha escola”, porque ele sabia que só me veria novamente no dia seguinte pela manhã (eu chegava tarde e ele já estava dormindo). Alguns anos depois que eu me tornei Fiscal de Rendas, ele, com onze anos, deixou um cartão para mim, a propósito do Dia das Mães, sobre o meu notebook. A imagem era a de um deserto e ele escreveu que aquilo era o nosso passado, mas que agora tínhamos um futuro maravilhoso pela frente. O que ficou para ele, que passou três anos sendo cuidado pelos irmãos, que também eram muito jovens (13 e 16 anos), não foi a tristeza, nem abandono, nem a dificuldade material que vivemos. Depois de tudo, o que ficou de importante, é o “futuro maravilhoso” que temos pela frente.

Então é isso. Pense no que você vai conquistar e siga, passo a passo. Há toda uma vida à sua espera depois da faixa de chegada! A luta é honrada é o prêmio é justo.

p.s. Homenagem especial a uma das mulheres mais especiais que conheci; alguém que, aos 80 anos, continua se reinventando a cada dia – minha mãe.

obs.: O artigo não é inédito (foi escrito quando era colunista do JCB, no ano passado), mas o sentimento é exatamente o mesmo. Há outros textos importantes; acesse a página