Ser mãe é tarefa inalienável e imprescritível. Árdua missão, por conta do tamanho da empreitada -se a queremos levar a cabo a contento-, e pelos riscos que envolve.
Erramos quando protegemos demais, quando cuidamos de menos. Quando colocamos os filhos antes da gente; em outros momentos, quando não o fazemos.
Que possamos ter a clareza de nunca tentar formatá-los, nem compará-los a ninguém.
Que possamos ser o apoio seguro quando eles precisarem, e que tenhamos a sabedoria de ficar na arquibancada assistindo ao seu caminhar, quando isso for o indicado. Mas que possamos nos perdoar quando confundirmos tudo e fizermos exatamente o contrário.
Que tenhamos coragem de olhar nos seus olhos e perceber como eles estão, de verdade. Que tenhamos sabedoria para ouvir suas queixas e entender que são apenas pedidos. Humildade para reconhecer quando damos alguma mancada, e serenidade para corrigi-la ou, simplesmente, pedir desculpas. Mas que tenhamos a firmeza necessária para ensinar o respeito e a compaixão. E que o façamos com atitudes diárias e não com sermões.
Difícil tempero esse, de saber onde e quando interferir. Por vezes o mais adequado é somente olhar, rezar para que tudo dê certo, e permanecer na retaguarda, caso algo saia errado. E nunca, nunca, nunca dizer: “eu avisei!”. Apenas estar ali, solidária, e aguardar o próximo passo.
Mas, como estar sempre “ali”, se por vezes não estamos nem “aqui”? Não percebemos coisas que nos acontecem e nem fazemos o que deveria ser feito. Claro, estamos também em construção. Assim, falhamos; muito mais do que gostaríamos, mais do que deveríamos. É uma longa estrada para todos: para nós mães, para os nossos filhos, para as nossas mães.
Eu gostaria muito de saber antes, desde o início, coisas que somente agora aprendi. Gostaria de ter acertado mais e errado menos com meus filhos. Comigo também. Ainda bem que existe o perdão. Eu tento me perdoar pelo que fiz demais e de menos com os meus filhos. Perdoo também a minha mãe em suas falhas. Porque precisamos estar livres para construir cada novo momento. E quero vivê-los com alegria. Porque não há nada mais prazeroso do que observar nossos filhos, em todas as idades, caminhando pela vida.
Parabéns a todas as mães, que mesmo sabendo que vão errar muitas vezes, buscam fazer o melhor a cada dia. Parabéns pela sua coragem, pela dedicação. E que o dia de hoje seja harmonioso e alegre.
Parabéns especiais às mães concurseiras, que rasgam o coração todos os dias quando se afastam dos filhos para seguirem na luta de conquistar uma vida melhor. Suas ausências serão perdoadas, alguma impaciência também. Afinal, vocês são concurseiras e merecem toda a nossa admiração.
Maravilhoso o texto querida,só quem é sabe a dor e a delícia de ser MÃE !!!!
ResponderExcluirVerdade, Rita. Ando assim, meio em carne-viva com a maternidade... Os filhos estão crescendo, mudando, andando e eu, feliz e com o coração apertado, ao mesmo tempo. Que coisa deliciosa e dolorosa é ser mãe!
ResponderExcluirBeijo!
Ser mãe é mais que um ato de coragem é uma atitude de doação, dedicação e amor. Lindas e sábias palavras, parabéns pelo teu dia!
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