quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Desabafo!

Confesso que ando meio cansada de ouvir pessoas repetindo, sem conhecimento, que os servidores públicos são a causa das “desgraças deste país” ou referindo-se aos servidores como gente incompetente e acomodada, com altos salários e pouco trabalho, que não teriam condições de enfrentar o mercado privado.

Quem me conhece sabe que procuro expor minhas posições com clareza, e, sempre que possível, de forma educada e elegante.  Mas há momentos em que a indignação transborda e engole a serenidade que busco manter a tanto custo.

Será que essas pessoas gostariam de viver sem os Correios, o Banco do Brasil, a Petrobras? Como acham que funcionam os tribunais? Ou o Ministério Público, que tanto tem contribuído com a democracia? Acham bobagens as investigações da Polícia Federal, policiais rodoviários nas estradas? Será que o meio ambiente realmente não precisa da atuação do IBAMA nem do Instituto Chico Mendes? Também não são necessários os auditores do INSS? Nem fiscais do trabalho? Também a arrecadação de tributos não carece de fiscalização – paga quem quer, mesmo isso significando uma injustiça tanto para aquele que paga corretamente quanto para os cidadãos que precisam dos serviços públicos? Não precisamos de saúde nem educação pública? Será que essas pessoas têm noção da diversidade de atividades que envolve a administração pública ou ainda permanecem com a ideia mais do que ultrapassada de que servidor público é sinônimo de trabalho burocrático? E seria melhor que cada prefeito, governador ou presidente eleito escolhesse os funcionários entre seus mais leais amigos e indicados? Além disso, de que forma pensam que ficariam os serviços prestados sem a continuidade garantida pelos servidores estáveis, que zelam pelo cumprimento da legislação? Será que retornarmos ao tempo do “quem indica” seria mais democrático? É tão difícil assim perceber que não são os servidores concursados que incham a administração pública (porque são esses os que "carregam o piano"), mas os de livre nomeação, que podem ser preenchidos por indicação? Quem será mais sujeito à fraude e à corrupção, um servidor que conquistou o cargo por mérito ou aquele que ali está por um breve período de tempo e que sairá com a mudança de governo? Quem pode colocar algum freio nos casos de políticos inexperientes ou inescrupulosos, que desejam fazer sua história em 4 ou 8 anos, muitas vezes sem conhecimento da estrutura ou pautados por interesses espúrios que não servem ao cidadão? 

E qual é o demérito em se buscar um bom salário, se o candidato está assumindo o ônus de se qualificar para isso? Essas pessoas já pararam para pensar quanto custaria à administração preparar servidores com a quantidade, diversidade e profundidade de conhecimentos necessários ao exercício da função? Já tiveram a curiosidade de buscar saber quantas disciplinas são cobradas nesses concursos? Já pensaram o quanto utilizam – sem perceber - os serviços desses servidores a quem tanto criticam?

Há problemas? E onde não há? Certamente encontram-se mais servidores acomodados onde menos concursos recentes se fizeram. Há remanescentes do tempo em que não havia obrigatoriedade de que o cargo público fosse ocupado por meio de concurso e também dos primeiros concursos, ainda muito falhos e de fácil aprovação. 

Não é o que acontece hoje, quando somente pessoas muito bem preparadas conquistam as vagas. É preciso muita determinação e persistência para vencer todas as dificuldades do caminho e ter condições de tornar-se um servidor público. Com muita honra!




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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Concurso público recebe prêmio no Rio de Janeiro


A noite de terça-feira, 2 outubro 2012, foi  de festa para o concurso público. A cerimônia na Câmara Municipal foi belíssima - manteve a formalidade necessária, mas sem discursos enfadonhos – e o clima era de democracia e confraternização. 

Além da entrega das medalhas Pedro Ernesto para mim, William Douglas, Guerrinha, Ricardo Ferreira e Luiz Fernando Caldeira, foram homenageados alguns cursos preparatórios da cidade - Academia do Concurso, Curso Gabarito, Curso Guerra de Moraes, Canal dos Concursos e Concurso Virtual - e alguns professores do meio, reconhecidos por sua importância na preparação de tantos candidatos nessa difícil maratona: Cristina Luna, Alexandre Lugon, Benjamim César e Guerrinha.  A Folha Dirigida, principal veículo do segmento no Rio, também foi lembrada pela seriedade e competência com que mantém os candidatos informados. Na verdade, todos ali eram pessoas e instituições profundamente comprometidas com a defesa dos concursos públicos, sua seriedade e transparência.

A motivação do evento foi a lei 5.396/2012, de iniciativa do vereador dr. Jairinho, que estabelece regras para os concursos públicos no âmbito do município.

Como sabemos, ainda não há uma legislação clara sobre os concursos públicos, com a União estabelecendo regras gerais a serem seguidas por estados e municípios. Assim, permanece uma grave lacuna, que ofende um instituto obrigatório desde a Constituição de 88. Por isso, a lei 5.396/201 é de fundamental importância para levar segurança jurídica aos candidatos a concursos no âmbito do MRJ.

Para mim, foi uma noite de muita emoção. Estar ali na presença dos meus familiares, amigos e tantas pessoas que fazem parte da minha trajetória, desde os tempos de concurseira até hoje, foi indescritível. Olhar meus filhos crescidos, todos de terno, sentados no plenário da Câmara Municipal, fez com que eu pensasse na nossa caminhada e agradecesse a Deus, mais uma vez, por ter tido coragem de dar os passos necessários.

Confiram algumas fotos:

domingo, 14 de outubro de 2012

Feira




A 3ª Feira da Carreira Pública foi um sucesso! Há alguns vídeos interessantes de quem participou e reportagens que podem dar uma boa noção do que foi o evento, para quem não pode estar presente.

Eu tive a oportunidade de estar com muitos concurseiros e conversar um pouco, enquanto autografava os livros

A minha coluna no G1 do dia 03 de outubro foi sobre o tema. Veja aqui uma breve avaliação e sugestões para aproveitar da melhor forma as próximas que vierem.

Boa leitura!